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O   Determinismo  Radical

  • Todas as Ações são o resultado necessário de acontecimentos anteriores. São por isso mesmo causas de efeitos inevitáveis.
  • Fazemos o que o nosso passado determina que façamos e não aquilo que queremos.
  • Assim, como as nossas ações não dependem de nós mas de fatores que não podemos controlar, não somos livres.

Assim sendo, não há qualquer espaço para a liberdade. Esta seria sinónimo de acontecimento sem causa, o que é absurdo.



Ex : Concluo o 9º Ano -> frequento humanidades -> concluo o 12º ano -> frequento o curso de história -> concluo o curso de história -> concorro a um lugar no ensino -> Estou a dar aulas.





Críticas mais frequentes ao Determinismo Radical



Se não somos responsabilizáveis pelo que fazemos - porque não podemos agir de modo diferente - então:

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  1. Como condenar e ilibar alguém?
  2. Como elogiar e censurar?
  3. Como dizer a alguém que não deve ter feito o que fez?
  4. Como explicar sentimentos de remorso, de arrependimento e de culpa? 

O   Determinismo  Moderado

O determinismo moderado defende que são compatíveis das proposições « Um agente praticou livremente a ação A » e « A ação praticada por esse agente tem uma causa e deriva necessariamente dessa causa».

Liberdade e determinismo são compatíveis, para essa teoria. Daí receber também o nome de compatibilismo.

Se as causas de uma ação estão em mim (nas minhas crenças e desejos) então são livres. Se estão fora de mim então não são livres.





Crítica Determinismo Moderado



O grande problema do determinismo moderado é este: em qualquer ação a causa imediata é sempre um estado interno - um desejo, seja o de viver ou de confessar, de almoçar ou de jejuar e assim por diante. O que implica isto? Que o determinista moderado não pode traçar a distinção entre ações livres e não livres com base na diferença entre causalidade interna e causalidade externa. Usando esta distinção teria de admitir que todas as ações são livres.

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Indeterminismo

Um acontecimento é uma consequência provável - mas não inevitável - de causas anteriores A que se deve então? A intervenção do acaso.



  1. Ações imprevísiveis são ações que escapam ao nosso controlo, o que não parece conciliável com a ideia de livre arbítrio, isto é, de que há ações que dependem da nossa liberdade.
  2. Se uma ação deve a sua ocorrência à intervenção do acaso e não à minha intervenção, então, propriamente falando, não é da minha autoria, não é controlado por mim e por ela não posso ser responsabilizado. Só somos responsáveis pelas ações que resultam da nossa vontade e não do acaso. Uma ação inevitável não é livre. Uma ação resultante da intervenção do acaso também não porque propriamente falando é algo que me acontece e não algo que eu faço.



O  Libertismo

Segundo o libertismo, as ações do ser humano decorrem das suas deliberações e não de acontecimentos anteriores.

O libertismo é uma teoria que defende essencialmente o seguinte: as nossas escolhas e ações são livres se não forem mais um elo numa longa cadeia de causas e efeitos, ou seja, defende que as nossas ações só são livres se desencadearem uma nova cadeia causal de acontecimentos. Somos nós que controlamos essa cadeia de causas e efeitos. Não somos controlados por ela. O passado não pesa de modo esmagador sobre os nossas ações. Podemos, em certa medida, pôr - las em parenteses.





Crítica ao Libertismo



O que é este eu que através das suas deliberações é, segundo os libertistas, a causa de certas ações? Uma entidade física? Então não escapa ao determinismo universal, ao encadeamento causal necessário que reage todas as coisas físicas. Uma entidade não física? Mas as ações são atos físicos, acontecem num dado momento e lugar. Como é que uma causa puramente mental pode produzir efeitos físicos? se a mente é que causa as nossas ações será que é possível que ela exista independentemente do cérebro que é obviamente uma realidade física? 

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